A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que em novembro não haverá cobrança extra na conta de luz para os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), mantendo a bandeira verde. Esta decisão está em vigor desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até abril de 2022, devido às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios.


Em junho de 2022, a Aneel aprovou um reajuste de até 64% nas bandeiras tarifárias, refletindo a inflação e o aumento dos custos das usinas termelétricas devido ao encarecimento do petróleo e gás natural. No entanto, em agosto, a Aneel aprovou uma consulta pública visando a redução das bandeiras tarifárias em até 36,9%, devido aos reservatórios cheios, expansão da energia eólica e solar e queda nos preços dos combustíveis fósseis.


As bandeiras tarifárias, criadas em 2015, indicam os custos variáveis da geração de energia elétrica. A bandeira verde não possui acréscimo na conta, enquanto as bandeiras vermelha e amarela resultam em acréscimos, variando de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 kWh consumidos. Durante a bandeira de escassez hídrica, os consumidores pagavam R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.


O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas e cobre praticamente todo o país, com exceção de algumas partes da Região Norte, Mato Grosso e todo o estado de Roraima. Algumas localidades isoladas do SIN são atendidas por usinas térmicas a óleo diesel, representando menos de 1% da carga total do país.