Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil


Aproximadamente 3,5 mil médicos concluem nesta semana o curso de capacitação para atuação no Programa Mais Médicos. De acordo com informações fornecidas pelo Ministério da Saúde, trata-se da maior turma em formação desde a implementação do programa há uma década.


A retomada do Programa Mais Médicos, ocorrida no primeiro semestre deste ano, atraiu um número recorde de profissionais da área, resultando em 34 mil pedidos de inscrição, o maior volume registrado em toda a história do programa. O Ministério da Saúde estima que, até o final deste ano, 28 mil desses profissionais estejam atuando em municípios de todo o país, superando os atuais 20 mil profissionais já alocados.


1,3 mil médicos estão passando pelo treinamento, com uma duração total de 30 dias. Estes profissionais serão destinados às regiões Sul e Sudeste. Mariana Tomasi Scardua, coordenadora pedagógica do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) - Polo São Paulo, enfatizou a importância da preparação abrangente, abordando temas que vão desde a atenção à saúde de comunidades específicas, como a população quilombola e LGBTQIA+, até questões relacionadas a doenças prevalentes, como hipertensão, diabetes, tuberculose, hanseníase, malária, COVID-19 e raiva.


Além de São Paulo, cursos similares foram conduzidos na Bahia e em Minas Gerais para médicos destinados a outras regiões do Brasil. Os aprovados terão entre os dias 4 e 8 de dezembro para se apresentarem nos municípios designados. Médicos formados no exterior ou estrangeiros receberão um registro temporário, permitindo que atuem enquanto aguardam a realização do Revalida, exame que valida diplomas de medicina obtidos fora do Brasil.


Expansão


O Ministério da Saúde expressou seu compromisso em expandir ainda mais o Programa Mais Médicos, visando não apenas recompor o número de profissionais presentes anteriormente, mas também providenciar novas vagas. Felipe Proenço de Oliveira, secretário adjunto de Atenção Primária do Ministério da Saúde, afirmou: "Vamos chegar a 28 mil médicos alocados até o final deste ano."


Nídia Machado, médica formada na Nicarágua, ressaltou as semelhanças entre as doenças encontradas em seu país de origem e na Região Norte do Brasil. Enquanto Gabriela Ferrari Santos, participante do curso em São Paulo, destacou o programa como uma oportunidade para levar atenção básica a toda a população, enfatizando a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no contexto brasileiro.